domingo, 21 de outubro de 2012

Ballet Manot


Bailado em quatro atos.
Libreto: Domenico Oliva e de Luigi Ilica,
"Manon" é baseada na obra "Manon Lescaut", clássico do francês Abbé Prevost, escrita e publicada no início do século XVIII, e que retrata a sociedade corrupta da época. Sua protagonista é uma jovem sensual e encantadora, amoral e interesseira, cujo maior objetivo é garantir para si mesma uma vida de luxo e diversão.
Terceiro espetáculo completo de MacMillan.

"Manon" estreou no Convent Garden de Londres com o Royal Ballet em março de 74. O autor - um dos maiores criadores do pas-de-deux da segunda metade do século, repete aqui sua marca registrada: grandes balés de enredo, ancorados no idioma neoclássico, com um clima de lirismo, paixão e tragédia, manifestados através da forma, verdadeiras esculturas em movimento.
1.º Ato

A ação passa-se em 1721, e inicia-se numa Estalagem em Amiens, onde o cavaleiro DES GRIEUX, de semblante sombrio, é alvo das brincadeiras de EDMONDO e de um grupo de Estudantes e de jovens, que lhe perguntam se sofreu alguma decepção amorosa. Numa diligência, chegam LESCAUT, MANON, sua irmã, e GERONTE, um velho muito rico. LESCAUT pretendia levar a irmã para um convento, onde completaria a sua educação, mas repara que ela provoca um interesse muito especial em GERONTE, e diz-se disposto a fechar os olhos e a permitir que o velho rapte a irmã, tudo com a cumplicidade do Estalajadeiro. DES GRIEUX observa a chegada dos viajantes, e fica profundamente perturbado com MANON, pela qual se apaixona de imediato. Quanto a MANON, também se sente deliciada com o interesse do jovem cavaleiro, com o qual acaba por trocar as suas primeiras juras de amor.
EDMONDO, que escutara os planos de LESCAUT e do velho GERONTE para raptar a jovem, informa DES GRIEUX que facilmente consegue convencer MANON a fugir com ele, na própria carruagem destinada ao rapto. Pouco preocupado com o sucedido, LESCAUT diz ter a certeza de que conseguirá convencer a irmã a aceitar a proposta de GERONTE, já que conhece, melhor do que ninguém, o seu amor ao luxo.
2.º Ato

O 2º ato passa-se em Paris. Tal como LESCAUT previra, MANON vive agora num luxuoso apartamento montado por GERONTE. Mas ela confessa ao irmão que todas aquelas cortinas de seda a deixam gelada, e que o seu único desejo é poder regressar à casa humilde onde conhecera o verdadeiro amor. Entra um Professor de Dança, e, na presença de GERONTE e de alguns seus convidados, MANON é iniciada na arte do Minueto. LESCAUT sai para informar DES GRIEUX onde MANON se encontra. O cavaleiro ganhara algum dinheiro ao jogo, tornando-se um pretendente desejável. DES GRIEUX corre para o apartamento e encontra MANON sozinha. Começa por censurar violentamente o seu comportamento, mas acaba repetindo novas juras de amor. GERONTE aparece e surpreende os dois. Fica furioso, e sai para chamar a Polícia. LESCAUT exorta os amantes a fugirem, mas MANON não se conforma em deixar para trás as jóias ganhas de GERONTE, insistindo em levá-las consigo, e DES GRIEUX volta a censura-la pelo seu desmedido amor ao luxo. Todas estas hesitações irão revelar-se fatais: GERONTE regressa com a Polícia, acusa a amante de prostituição, e MANON vai presa.
3.º Ato

O 3º ato passa-se no Havre, numa praça junto do porto. DES GRIEUX e LESCAUT planejam libertar MANON, condenada ao degredo, e que deverá embarcar, com outras prostitutas, com destino à colónia francesa de Louisiana, na América do Norte. Um acendedor de lampiões atravessa a cena. Depois, no meio de grande agitação, é lida a lista das mulheres que deverão embarcar. Quando ouve o nome de MANON, DES GRIEUX coloca-se ao seu lado. Os guardas tentam afastá-lo, mas ele mantém-se firme na sua decisão: embarcará também. O Comandante aproxima-se, e DES GRIEUX implora-lhe que atenda o seu pedido, dizendo-se disposto a executar qualquer tarefa, por mais humilde que seja. O Comandante acaba por ceder, e MANON e DES GRIEUX embarcam juntos.
4.º Ato

O último ato passa-se numa planície na fronteira de Nova-Orleans, um cenário de grande desolação. Perseguidos pelas intrigas e pelos ciúmes, MANON e DES GRIEUX deixaram a cidade. Agora lamentam a desgraça que se abateu sobre eles, e MANON, pressentindo a proximidade da morte, pede a DES GRIEUX que a deixe morrer sozinha. Desesperado, DES GRIEUX parte em busca de auxílio, e só, como pedira, MANON exprime a sua desolação:
"Só... perdida... abandonada..." Quando o cavaleiro regressa, já a encontra agonizante.

Manon tinha um caráter extraordinário. Nunca mulher alguma, na sua posição, teve menos amor do que ela ao dinheiro; mas, não podia estar tranqüila por muito tempo, quando o receio de que ele lhe faltasse a vinha atormentar.
Eram os passatempos e os prazeres as suas primeiras necessidades;
nunca teria gasto um soldo se se pudesse divertir sem o despender.
Fonte: Teatro Mayrinsky. In: Repertory.






sábado, 6 de outubro de 2012

harlequinade


É o pico do carnaval de Veneza, um dia que vinha apenas uma vez um ano. Os trajes bonitos, farristas mascarados, música, dança... Colombina está no balcão de sua casa, prestando atenção à agitação das preparações finais para as festividades. Após fugir da casa, ela desaparece na multidão mascarada de farrista dançando. O pai Colombina, Cassandre agarra-a pela mão e tenta conduzi-la para trás da casa e impedir que ela se junte à celebração.
Ela tem que esperar seu noivo, o mercante rico Leandre. Cassandre determina que Colombina se casará com Leandre.
Entretanto, Colombina está apaixonada pelo simples e bom de coração, Harlequin, e opõe-se ao plano de seu pai a casar-se com Leandre. Cassandre trava a porta e ordena que seu empregado Pierrô não dê a chave a ninguém.
O amigo de Colombina, Pierretta, que foi incapaz de encontrar Colombina no carnaval, encontra finalmente Colombina sozinha em seu balcão, e fica sabendo que Pierrô tem a chave. Com um beijo, ela consegue pegar a chave de Pierrô. O bom de coração de Colombina, Harlequim e seus amigos que não poderiam encontrá-la no carnaval, vêm à casa e cantam um linda serenata à Colombina. Pierretta abre a porta para Harlequin, e Harlequin Colombina têm finalmente uma possibilidade de compartilharem juntos alguns momentos felizes.
Apenas Cassandre retorna para casa e encontra Colombina nos braços de Harlequim, e ele fica muito irritado.
Ele encontrou um noivo maravilhoso para sua filha e determina que ela se case com o homem que ele escolheu.
Cassandre ordena que seus empregados retirem Harlequin da casa, e ordena-os mais uma vez que Colombina não saia de casa. Harlequin está muito decepcionado. Ele pensa como tirar Colombina da casa e salvá-la, e de como conseguir a permissão de Cassandre para casar-se com ela.
A rainha do carnaval, Fierina, chega na praça da cidade, carregada por empregados em um palanque. Ela pergunta com mágoa por Harlequin, "porque você chora no meio do carnaval?". Ele conta sua triste história a Fierina, e ela oferece ajudar-lhe. Convida-o a juntar-se aos soldados que a acompanham. Entretanto, uma figura cômica que carrega um bandolim aproxima da casa de Cassandre. Nada mais é do que Leandre, quem Cassandre escolheu para casar-se com Colombina. Ele veio tentar atrair a atenção de Colombina com uma serenata.
Entretanto, suas raras tentativas de romance não trazem nada mais do que risos de Colombina. Cassandre faz o melhor para certificar-se que sua filha escute o dissonante Leandre, mas Colombina tampa as suas orelhas, e redobra sua determinação para encontrar uma maneira se escapar do balcão.
Neste momento, os empregados avisam que um importante visitante chegou. O convidado de Cassandre é Fierina, rainha do carnaval. Fierina pergunta a Cassandre se ele arranjou um casamento para sua filha.
Cassandre traz o noivo de Colombina, Leandre, mas Colombina aparece nesse momento e expressa sua objeção à escolha do seu pai, dizendo que está apaixonada por Harlequin.
Cassandre diz que não pode consentir o seu casamento com Harlequin porque ele não tem nada.
Fierina informa-o que Harlequin recebeu uma grande herança. Harlequin carrega uma grande caixa de jóias, e quando a abrir. Cassandre se surpreende com o magnífico conteúdo. Insultado, Leandre começa a brigar com Harlequin. Harlequin ganha a luta. Agora não existe nenhum obstáculo à felicidade de Colombina.Os dois amantes oferecem sua gratidão a Fierina e o carnaval continua.